Como Deus é? O que define um ser de máxima grandeza?

29/01/2020

               

Partindo do pressuposto que existe Deus; como Ele é? E se existem vários 'deuses' ao redor do mundo, como saber qual fé é verdadeira? O que se pode chamar de Deus e por que deveria achar que é apenas um e não vários?

O fato de algo ser adorado não o torna necessariamente deus, o torna um ídolo. Assim, como os faraós eram adorados como deuses, ou como as imagens das diversas religiões ao longo da história também eram adorados como tais, sabemos que eles não são realmente deuses, pois não cumprem em si os atributos da essência do que realmente pode se chamar de Deus, um ser de máxima grandeza, inesgotável poder e máxima virtude, o que pode haver de mais supremo. Veremos a seguir, portanto, quais são estes atributos que fazem Deus poder ser considerado Deus.

1- Deus é criador e auto existente

No paganismo considerava-se que a natureza era eterna e dos elementos naturais surgiram os primeiros deuses que foram gerando outros e, que por sua vez eles exerciam um poder superior ao dos seres humanos, sendo assim chamados por eles de deuses. Porém, a ciência mostra que a natureza não é eterna e o universo teve um início, logo foi necessária uma causa primeira e auto existente para dar origem ao universo e tudo o que conhecemos (os deuses pagãos, então, eram criaturas e não criadores). Se Deus criou o universo, a matéria, o tempo e o espaço, não depende deles para existir, pois existia antes de tudo e tudo depende dele. Deus é criador e auto existente, antes de tudo existir Ele é. O que necessariamente nos leva ao atributo 2.

2- Deus é eterno

Se Ele existe antes da criação do tempo e do espaço, então não necessita estar preso a eles. Deus transcende o tempo, pois deu origem ao mesmo, logo não tem começo nem fim. Todavia, apesar de estar fora da concepção de tempo, isso não o impede de atuar dentro do tempo para se relacionar com a criação.

3- Deus é onipresente

O mesmo raciocínio nos faz entender que Deus, por dar origem a todo o espaço, não está preso ao espaço, ele não tem limitação espacial, pois sendo o Espírito supremo sobre toda a criação, preenche todo o espaço. Essa é uma das razões pela qual não se deve representá-lo com imagens, porque isso estaria limitando a verdadeira essência infinita de Deus, o reduzindo à uma mera caricatura do que humanos poderiam representar. Por não ter limites espaciais e materiais, Deus é onipresente e pode estar em todos os lugares.

4- Deus é onisciente

Por estar em todos os lugares e dar início a toda a criação, Deus sabe de todas as coisas. Pois foi necessária suprema inteligência para dar origem a um universo complexo e tudo o que nele há. Se Deus deu origem a tudo e está em todos os lugares, conhece intimamente todas as coisas.

5- Deus é infinitamente bom

"Ainda que anjos ou homens criados por Deus possam ser maus, o criador é infinitamente bom. Quando dizemos que algo é mal estamos tomando algo bom como referência, afinal é mal em relação ao quê? O mal é a corrupção do bem, o que significa que o mal e o bem não podem ter surgido ao mesmo tempo, algo precisa existir primeiro para depois ser corrompido." Assim, se o mal surgiu depois, significa que não pode fazer parte da natureza imutável de Deus que sempre existiu, ou seja, Deus é eternamente bom.

6- Deus é um ser pessoal

Não é apenas uma força ou uma energia, pois para dar origem a um universo complexo, Deus decidiu por vontade própria dar origem à criação, dar sentido à existência e propósito a tudo que há. Deus decidiu criar o ser humano e relacionar-se com ele.

7- Deus é onipotente

O mesmo vale para concluir que, por dar origem ao universo e tudo o que existe, por ser auto existente e tudo depender dele para existir, por saber todas as coisas e estar em todos os lugares, Deus é todo poderoso e nada limita seu poder, por que tudo foi criado por Ele, por meio dele e para Ele, Ele é superior a tudo o que existe. A soma desses atributos nos leva a um oitavo de extrema importância.

8- Deus é necessariamente único

Analisando a própria lógica, se um ser é todo poderoso não seria possível dois seres do mesmo tipo, pois um limitaria o poder do outro. "Se um deus A quisesse usar seu poder contra o deus B, como seria?" Se A vencesse ele seria deus supremo e B não seria deus [e vice versa]. Se A e B empatassem não seriam todos poderosos, pois um limitou o poder do outro e, assim, não seriam deuses. O mesmo vale para a onisciência e a onipresença, pois dois seres onipresentes não podem coexistir sem limitar a infinidade de sua essência. Assim como dois corpos não ocupam o mesmo espaço, não há como dois deuses ocuparem todo o espaço. O limite de um seria o outro, logo não seriam onipresentes. Se Deus é Espírito e preenche todo o espaço por dar origem ao espaço, sendo o maior que possa existir, não há espaço para dois deuses, porque não poderiam estar em todos os lugares, por consequência, não seriam oniscientes pois não saberiam todas as coisas. Assim, não seria possível existir mais de um deus, pois não cumpririam todos os atributos que os fariam serem considerados deuses.

Portanto, isso nos leva a entender que a essência de um ser de máxima grandeza, de todo o poder e máxima virtude, é inevitavelmente única. Logo, caminhamos em direção às concepções monoteístas. Como só podemos conhecer a Deus por meio da sua revelação, em qual das concepções monoteístas Deus se revela ao homem? Como a revelação de Deus mostra seu caráter e por que eu deveria me relacionar com ele? Por que devo acreditar que Jesus é Deus encarnado e o que Ele disse foi real? Essas perguntas serão respondidas no próximo artigo, no qual veremos o imenso amor Deus e sua vontade de se relacionar conosco, em que Ele se revela ao homem e transforma a história, mostrando assim por que Ele é o propósito de nossa existência e supremo sobre tudo o que existe.


Mateus Magalhães
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